quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Balança

Deixei de me pesar tal e qual como deixei de fazer uma série de coisas e de ter certo tipo de comportamentos que para além de criarem ansiedade e induzir pressão, em nada me deixavam feliz.

A luta diária pela silhueta perfeita está hoje em dia tão enraizada em nós, como que uma extensão daquilo que somos. Que amor próprio aguenta isso? Como nos machucamos a nós mesmo só porque não temos um corpo digno de revista (estupidamente esquecemos que muitos dos corpos que aparecem nos media não são reais, sofrem grandes alterações antes de os visualizarmos)? Odiamos aquilo que o espelho reflecte apenas porque não temos o abdominal traçado ou os glúteos não são tão firmes como o esperado? Que violência é esta?

O nosso corpo é isso mesmo, nosso. Devemos estima-lo e trata-lo com todo o carinho que ele merece. Afinal de contas, não irá ele acompanharmos todos os santos dias da nossa vida? Devemos amar cada bocadinho do nosso ser, reconhecendo nele as imperfeições que nada são do que a normalidade: ninguém é perfeito. Só depois de olharmos para ele (corpo) com olhos de ver e olhos de coração, será possível perceber que a balança apenas nos mostra um número e não o valor real daquilo que representamos. E esse valor é tanto...

Claúdia

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